(Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Apesar de considerar “um tremendo sucesso”, a CBF decidiu terminar com as partidas às 11 horas da manhã de domingo neste Campeonato Brasileiro. A decisão foi tomada ontem, após reunião de três horas que contou com a presença da diretoria de competições e especialistas em medicina esportiva. A outra novidade é que a CBF promete a inclusão de novos horários alternativos ainda neste Brasileirão.
Os últimos quatro jogos às 11 horas da manhã serão realizados no próximo domingo, quando o Flamengo recebe o Joinville e o Avaí encara o Vasco, e no dia 18, com Ponte Preta x Coritiba e São Paulo x Vasco. A decisão foi tomada em virtude da chegada da época mais quente do ano. Mas a CBF garantiu que o horário será repetido na próxima temporada e não descartou a possibilidade de que isso ocorra ao longo de todo ano.
“O horário das 11 horas foi um tremendo sucesso pra gente. Do ponto de vista do produto é um horário que vamos sentir falta porque o público foi bem acima da média do campeonato, com uma repercussão muito positiva”, afirmou Manoel Flores, diretor de competições da entidade. Ele negou que algum clube tenha enviado reclamação formal questionando o horário. “Houve muitos pedidos sim, mas para jogar às 11 horas da manhã”.
O dirigente informou que novos horários serão testados ainda neste Brasileirão, mas não revelou quais serão as alternativas. É provável que a tabela completa seja divulgada hoje. Certo, porém, é que as partidas marcadas para as 16 horas e às 18h30 no fim de semana começarão uma hora mais tarde quando começar o horário de verão.
Bem aceito pelas torcidas - a média de público é superior a 25 mil pessoas -, os jogos às 11 horas da manhã passaram a receber uma enxurrada de críticas de técnicos e jogadores nos últimos meses. O calor excessivo, especialmente nas últimas semanas, foi o principal argumento. “Eu pensava que poderia cair em campo”, disse o lateral-direito Lucas, do Palmeiras, após o jogo contra o Flamengo, em agosto.
Mas o eventual mal-estar alegado por alguns jogadores foi pontual, na avaliação de Jorge Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos do Futebol (CNMF), presente ao encontro ontem. Ele explicou que a comissão fez avaliações em diversas partidas e em nenhuma delas foi constatado risco aos atletas. “Em nenhum dos jogos monitorados houve índice que pudesse significar um risco à integridade física ou à saúde dos atletas”, assegurou.
Fonte: AE
